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sábado, 10 de setembro de 2011

ALCOOLIZADOS CULPADOS POR ACIDENTES NÃO SÃO PUNIDOS

No dia 03 de setembro, quando íamos para o Campo de Santana, encontramos, no meio da BR 116, uma manifestação com cerca de 40 pessoas. Eles carregavam faixas que indagavam o funcionamento da lei seca e pediam justiça. Resolvemos voltar até o grupo e saber o que estava acontecendo. Foi então que decobrimos que aquelas pessoas eram familiares e amigos de Robson Fernando Couto, rapaz de 27 anos que morreu em um acidente de carro naquele trecho, km 141. O motivo do protesto foi que a motorista que causou o acidente, Cristiane Oliveira, estava, segundo testemunhas, portando latas de cerveja dentro do veículo. Robson voltava para casa após levar um amigo por volta das 6 horas da manhã com seu Pálio Weekend e foi atingido pelo Fiesta de Cristiane, que atravessou o canteiro central da BR e bateu de frente com ele, que morreu na hora. A manifestação aconteceu 7 dias após o acidente fatal e teve o objetivo de chamar a atenção das autoridades devido a impunidade registrada, não somente neste caso, mas em outros também. Todos os dias ficamos sabendo de motoristas embriagados que provocam ferimentos e até a morte de pessoas inocentes. A Lei Seca é muito frágil e a punição muito pequena. Quem dirige bêbado não tem a intenção de matar alguém, mas assume o risco, não se importando com o bem estar das outras pessoas. O egoísmo de querer se divertir passa acima do direito que o outro tem de viver. Quando as pessoas terão consciência de que isso não vale a pena? Como conviver com a culpa de ter sido responsável pela destruição de toda uma história de vida, de toda uma família? É melhor não precisar descobrir a resposta. Durma na rua, na casa de um amigo, até mesmo dentro do seu carro. Pegue um táxi ou uma carona, mas não pense que é capaz de controlar uma situação que foge do controle.

Por Juliana Hemili

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